https://www.google.com/amp/s/blogs.opovo.com.br/c4noticias/2016/10/09/romaria-dom-joaquim-peregrinos-da-fe-chegam-caninde/amp/
Caminhadas a Canindé: Romaria Dom Joaquim completa 61 anos
‘’De longe, distante, tangidos por fé, de todos os lugares chegam a Canindé’’.
As romarias organizados já começam a chegar na cidade de Canindé.
De acordo com o coordenador do Serviço de Acolhimento ao Romeiro, Rodesio Silva, as romarias a pé começaram a chegar no dia 28 de setembro.
Acolhida as romarias no festejo
No dia 29 de setembro, foram acolhidas três caminhadas, a “Pio XII”, a “32ª Romaria Nogueira Aciole”, caminhando com São Francisco e uma das mais tradicionais da história, a “Dom Joaquim” que completa 61 anos de história de fé e devoção.
Nesse domingo (30) dando sequência ao calendário de peregrinações, será a vez da Romaria Luciano Cavalcante, Caminhada com amor e fé, Romaria São Francisco e as motos romarias de Guaramiranga na sua 14ª edição e ainda a de São Gonçalo do Amarante.
No dia 1º de outubro, chegam ao santuário as romarias Paz e Fé, a Caminhada com Fé, e a Romaria Demócrito Rocha.
Já no dia 02 de outubro, entram na cidade a romaria Amigos de São Francisco, 7ª Romaria Nossa Senhora de Lurdes e a tradicional romaria de Codó no Maranhão.
Fechando o calendário no dia 03 de outubro, a 32ª Caminhada da Paz e Romaria Maria Salgado.
Um traço que se destaca na cultura tradicional em Canindé, são as romarias: a pé, de bicicleta, a cavalo, de charrete, de motos, de carro, em ônibus fretados ou de carreira. Acontecem durante todo o ano apresentando, ciclicamente, grandes picos que chegam a demandar ações especiais dos Departamentos de Trânsito.
Quando a pé os romeiros se auto intitulam caminheiros, e seguem sós, em duplas, ou em grupos. Dentre os que seguem sós alguns podem arrastar cruzes por uma distância algumas vezes superior a 100 quilômetros. Há caminheiros que se organizam em grupos que peregrinam regularmente, alguns destes beirando os 50 anos, ou mais, de caminhadas.
São também numerosas as romarias com organizações internas, que chegam a ser complexas em alguns casos, verdadeiras instituições que congregam grande número de afiliados e que peregrinam regularmente, destacando-se dentre estas, as romarias a cavalo, que apresentam maior nível de organização e complexidade. Estas Romarias são, via de regra, uma convergência de expressões culturais com variedade de elementos convergentes (alimentos, indumentárias, sincretismo religioso).
As romarias ou peregrinações parecem ser um fato cultural antigo e comum a povos de motivações religiosas divergentes. Caracterizam-se por viagens, individuais ou em grupos, a lugares sagrados, especialmente quando em visita a uma relíquia. Têm o fim de cumprir um voto (agradecer) ou obter uma graça.
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ROMARIA DOM JOAQUIM: PEREGRINOS DA FÉ CHEGAM A CANINDÉ.
Pelas veredas mais tortuosas da vida, tropeçando às vezes, na própria desilusão, eles chegam a Canindé. Na bagagem, um coração vazio de si, na mão, um ex-voto, símbolo como memória de uma identidade, na voz, orações se elevam ao sagrado, no olhar, uma saudade imensa renitente sai pelas bordas dos olhos.
Passos brandos na vasta poeira do tempo trilha sem regresso envolto em mistérios, enveredados pela fé. Assim seguem os romeiros. Não comunicam desalento, nem cansaço, pois são impedidos e amparados pelo santo, presente na romaria. Devotos numerosos e peregrinos de todas as raças se amalgamam na Meca interiorana de todas as crenças, gestos profanos se unem, irrompem de cada alma sedenta do eterno, da piedade popular. Essa popularidade que ganhou a romaria Dom Joaquim.
Ela chegou ao Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé na noite deste sábado. A Romaria mais antiga dos festejos alusivos ao santo da pobreza. "De longe, distante, tangidos por fé, de todos os lugares chegam a Canindé".
Com esse slogan e a resistência física alimentada pela fé em São Francisco, 150 devotos da Romaria Dom Joaquim chegaram ao Santuário de São Francisco, neste Município na manhã deste domingo. Eles saíram da Capital no último dia 04, às 21h, da Rua Dom Joaquim, 275, rumo a "Meca nordestina".
De acordo com a dona-de-casa Raimunda Gomes Braga, de 91 anos, organizadora da tradicional Romaria Dom Joaquim, este ano a caminhada chega aos 59 anos. Ela diz que a sua idade não é empecilho para quem tem fé. A coordenadora lembra que o grupo de peregrinos começa a planejar e preparar a romaria com quatro meses de antecedência. "É sacrifício mesmo. A gente se cansa, mas a fé é maior", resume dona Raimundinha, como é carinhosamente chamada pelos demais participantes.
Ao longo do percurso os peregrinos passaram por cinco cidades: Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Caridade e Canindé, e por nove distritos ou localidades: Tabatinga, Urucará, Gereraú, Ladeira Grande, Columinjuba, Amanaria, Itapebussu, Lagoa do Juvenal e também Campos Belos.
A romaria leva esse nome porque sai da Rua Dom Joaquim há 59 anos. Dona Raimunda diz ter a mesma energia de anos anteriores para a longa caminhada, apesar das restrições e cuidados impostos por sua família.
"Quem começou tudo isso foi meu marido, mas ele faleceu. Desde então, tomei a frente de tudo e, a cada ano, aumenta a quantidade de pessoas que fazem a caminhada. Para participar, não fazemos nenhuma exigência. Vai quem quer. Organizo tudo de coração", conta.
Um dos ensinamentos de quem já conhece bem o chão que separa Canindé de Fortaleza é o sacrifício do desconforto. "Quem não souber o que é desconforto, que olhe no dicionário", diz dona Raimunda. Segundo ela, apesar do cansaço, das dificuldades, da privação e das feridas nos pés, são poucas as pessoas que desistem. "O cardápio é sempre arroz com feijão ou feijão com arroz", brinca.
Para o professor de matemática, Francisco Arruda Bastos, a viagem é uma reflexão de vida e não só um ato de fé. "Não se trata de uma religiosidade intensa, mas valorizar o lado espiritual. É uma experiência muito rica e são muitos os aprendizados nos quatro dias de viagem".
Em Canindé, os devotos da romaria mais antiga dos festejos, a Dom Joaquim foram recepcionados pelos Assessores de Romaria Rodesio Silva e Helder Lopes, e abençoados pelo frei Francisco Rogério da Paróquia franciscana em Mossoró no Rio Grande do Norte. A Prefeitura, na pessoa de seu titular, Celso Crisóstomo, colocou todos os prédios públicos para abrigar os romeiros que chegam de forma organizada na cidade. "Vamos ajudar a paróquia sempre dentro de nossas possibilidades", disse.
fonte: http://www.c4noticias.com.br/2016/10/romaria-dom-joaquim-peregrinos-da-fe.html
Aproximadamente 150 peregrinos caminham de Fortaleza a Canindé a pé!!!!
http://globotv.globo.com/tv-verdes-mares/cetv-1a-edicao-fortaleza/v/cerca-de-150-fieis-se-reunem-para-romaria-de-caninde/3685771/
EM MEMÓRIA DO PAI
É colocar os pés na estrada, para o pensamento ir buscar seu Zequinha – como é retratado o pagador de promessas José Alves Braga, que iniciou a romaria Dom Joaquim em 1958. “Seu Zequinha estava mais para anjo do que para humano. Ele acolhia a todos”, atenta o romeiro Francisco José Ramos. Um dos filhos, o aposentado José Gomes Braga (Dedé), 54, lembra bem aquela aventura ao lado do pai. A estrada era um mundo de terra, “não tinha a (BR-)020, era carroçal, mesmo!”, admira-se ainda hoje.
A romaria Dom Joaquim é considerada a mais antiga. Chicão, 32 anos de estrada das chagas, vai contando as andanças. Um grupo vinha sempre antes, para abrir uma risca no mato e descortinar Caridade, por exemplo. Só havia um carro de apoio, “uma caminhonete F-75”, indica Chicão. Era a riqueza do nada. Comunicação “era a coisa mais difícil do mundo” - Sílvia passa pela conversa, partindo dos anos de 1980. “Era telefone público, de ficha!”, ri-se. “A gente ficava mais tempo na fila do telefone do que no descanso”, compara.
A história é longa e bonita. E se renova a cada ano. Seu Zequinha devia a São Francisco a cura da asma. Um outubro de 1958, imaginou caminhar até Canindé. Raimunda Gomes Braga, 86, a dona Mundinha, acompanhou o marido na promessa. Até que a morte os separou, em 2006. Ela segue resistente (principalmente, às recomendações dos filhos e médicos), vai até onde o sono deixa. No ponto de apoio seguinte, a pequena Sofia, três anos, já ensaia os primeiros passos na romaria, em ciranda com as memórias do bisavô. (AMCC)
FONTE: http:/www.opovo.com.br/app/opovo/ceara
/2011/10/04/noticiacearajornal,2309533/em-memoria-do-pai.shtml
CANINDÉ RECEBERÁ FIÉIS DA D. JOAQUIM
Fortaleza, Maracanaú, Maranguape e Caridade fazem parte do roteiro dos peregrinos de São Francisco em Canindé
Dona Raimundinha Gomes (ao centro), organizadora da
peregrinação há 58 anos, herdou do esposo a promoção
do ato de fé que, a cada ano, aumenta número maior de devotos
Canindé. "De longe, distante, tangidos por fé, de todos os lugares chegam a Canindé". Com esse slogan e a resistência física sendo alimentada pela fé em São Francisco, cerca de 170 devotos da Romaria Dom Joaquim chegam na madrugada de amanhã ao Santuário de São Francisco, neste Município. Eles saíram da Capital no último dia 23, às 21h, da Rua Dom Joaquim, 275, rumo a "meca nordestina".
De acordo com a dona-de-casa Raimunda Gomes Braga, de 86 anos, organizadora da tradicional Romaria Dom Joaquim, este ano a caminhada chega aos 58 anos. Ela diz que a sua idade não é empecilho para quem tem fé. A coordenadora lembra que o grupo de peregrinos começa a planejar e preparar a romaria com quatro meses de antecedência. "É sacrifício mesmo. A gente se cansa, mas a fé é maior", resume dona Raimundinha, como é carinhosamente chamada pelos demais participantes.
Ao longo do percurso os, peregrinos passaram por cinco cidades: Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Caridade e Canindé, e por nove distritos ou localidades: Tabatinga, Urucará, Gereraú, Ladeira Grande, Columinjuba, Amanaria, Itapebussu, Lagoa do Juvenal e também Campos Belos.
A romaria leva esse nome porque sai da Rua Dom Joaquim há 58 anos. Dona Raimunda diz ter a mesma energia de anos anteriores para a longa caminhada, apesar das restrições e cuidados impostos por sua família.
"Quem começou tudo isso foi meu marido, mas ele faleceu. Desde então, tomei a frente de tudo e, a cada ano, aumenta a quantidade de pessoas que fazem a caminhada. Para participar, não fazemos nenhuma exigência. Vai quem quer. Organizo tudo de coração", conta.
Um dos ensinamentos de quem já conhece bem o chão que separa Canindé de Fortaleza é o sacrifício do desconforto. "Quem não souber o que é desconforto, que olhe no dicionário", diz dona Raimunda. Segundo ela, apesar do cansaço, das dificuldades, da privação e das feridas nos pés, são poucas as pessoas que desistem. "O cardápio é sempre arroz com feijão ou feijão com arroz", brinca.
Para o professor de matemática, Francisco Arruda Bastos, a viagem é uma reflexão de vida e não só um ato de fé. "Não se trata de uma religiosidade intensa, mas valorizar o lado espiritual. É uma experiência muito rica e são muitos os aprendizados nos quatro dias de viagem".
Em Canindé, os devotos da Dom Joaquim serão recepcionados pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo da cidade, Plínio Gomes, e abençoados pelo pároco e reitor do Santuário, frei João Amilton dos Santos. A Prefeitura, na pessoa de seu titular, Cláudio Pessoa, colocou todos os prédios públicos para abrigar os romeiros que chegam de forma organizada na cidade. "Vamos ajudar a paróquia sempre dentro de nossas possibilidades", disse. Hoje de manhã, a programação da romaria continua com a Missa do Vaqueiro.
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1049652
ESTRADA DAS CHAGAS E DA VIDA
A esperança sustenta o caminhar, de Fortaleza a Canindé. Ou pelo comprido da vida. Entre o cansaço, o recomeço e o conseguir, repórter do O POVO fez-se romeira de São Francisco.
A longa estrada das chagas, de Fortaleza a Canindé (pouco mais de 132 quilômetros, via Maranguape), de altos e baixos e pedras no caminho, demonstra que a vida, por si, é uma romaria. Chega o tempo de se levar apenas o necessário (seja a lembrança de uma felicidade ou um canto insistente na alma), de carregar a si próprio com toda a força possível e de seguir em frente. Entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, O POVO seguiu a Romaria Dom Joaquim - que, há mais de meio século, ampara e orienta os romeiros de São Francisco até a Basílica de Canindé. E vivenciou o cansaço, o recomeço e o conseguir.
“O estirão maior é daqui pra Maranguape. Chegou lá, chegou em Canindé”, esperança um dos romeiros, na primeira madrugada. Outro afirma que, ultrapassando a Ladeira Grande, avista-se o destino. Um terceiro amplia: tem-se que vencer a escuridão de mais duas noites, até Campos Belos. O mais descrente só bota fé quando Santo-Antônio-sem-Cabeça desponta no alto da Caridade. O certo é que cada um vai suportando uma cruz e uma fé.
Eva Maria Camilo Ribeiro, 42, de Pindoretama, agente de saúde, leva todo o peso do câncer da irmã mais nova. Mais atrás, dona Valdiva, 70, e Silvana, 38, mãe e filhas diaristas, sustentam-se uma na outra. Dona Valdiva sobreviveu ao atropelamento de 2002, Silvana ressuscitou depois de uma depressão. Por vezes, as duas passam cantando. É que a música desvia o pensamento da dor.
Solidariedade
Outro alívio é o da solidariedade. “Você tá cheia de dor e dá massagem nos outros... Nem lembro mais a dor que tenho”, afirma Jéssica Almeida Braga, 27. Na romaria, a estudante de Estatística se torna a “cirurgiã dos calos”. A dois dias de distância de Canindé, já havia drenado, com agulha e linha de costura e álcool com cânfora, as bolhas em uma dezena de pessoas.
Já o enorme Chicão oferece massagens e apoio há 33 romarias. Francisco Ferreira dos Santos, 58, não tem só o nome do santo; tem a disposição para a santidade. “Quando entra na romaria, sabe que vai ser irmão do outro”, determina. “Quando ajudo, fico mais fortalecido”, completa.
Na longa caminhada, tem momentos em que você se torna só dor. É nesse instante que se sente como um abraço é necessário. E é fundamental ter alguém que lhe ofereça um sorriso, um bom-dia. Você reconhece o valor de um banho, de um canto para se deitar. E, mais do que isso, deseja dar o descanso a alguém. Por isso, Rosiris Passos, 64, “psicanalista em formação”, oferece rede, gel de copaíba e boas-vindas. O par, Francisco José Ramos, segue ao lado, ora dirigindo um carro de apoio, ora de mãos dadas, com a mesma disposição do espírito: doa a paciência e madrugadas de sono. “Eu levo de volta a sensação de ter sido útil”, diz.
E qualquer um, ainda que leve nada no seu surrão, pode ser útil na história do outro. “Eles deixam aconchego, calor humano. E quem vive sem ele?”, demanda o cirurgião-dentista Delano Cidrack, que acolhe os andarilhos quando eles pousam em Maranguape. Já dona Lurdes, 69, leva os romeiros como filhos. “Venho por amor”, sorri.
Para ter a alma leve, deixa tudo para trás: o casamento desfeito quando os cinco filhos eram crianças e os 25 anos na fábrica de castanha de onde saiu com R$ 6 mil (comprou um terreno para o filho, com o apurado). Na ladeira, pede força “ao Divino Espírito Santo. Passo o tempo pedindo a sandália de São Francisco e de Santo Antônio”. Os pés chegam intactos à Basílica e caminham ainda mais rápido para levar dona Lurdes ao seu paraíso: “A primeira imagem que avisto é São Francisco, de braços abertos, lá no alto”. A romaria finda no azul do domingo, a cidade acordando para a missa das 7 horas, preenchendo as janelas de curiosidades pelo povo que não desiste, caminhando devagar. E é quando o odontólogo João Leônidas Campos Monteiro, 66, se reencontra: “Eu procurava, na romaria, entender a mim mesmo para entender os outros que chegassem a mim. Para que a caminhada fosse de fraternidade”.
Há momentos, na estrada das chagas ou da vida, em que até o silêncio pesa. Há horas em que os minutos não passam. Mas, ao fim da romaria, compreende-se que há uma sequência de amanheceres depois das madrugadas. Que os bons existem em maior quantidade. Que, por vezes, é mais importante prestar atenção no caminhar do que no caminho. E se o horizonte lhe parecer muito distante, mire a estrela mais próxima.
FONTE: http://www.opovo.com.br/app/opovo/ceara/2011/10/04/noticiacearajornal,2309532/estrada-das-chagas-e-da-vida.shtml
ROMEIROS PERCORREM 5 CIDADES A PÉ
13/10/2010
Fiéis de São Francisco das Chagas caminham 120km de Fortaleza a Canindé para cumprir antiga devoção.
Canindé. Com a resistência física sendo alimentada pela fé em São Francisco, cerca de 170 devotos da Romaria Dom Joaquim chegaram na madrugada de ontem ao Santuário de São Francisco, neste Município. Eles saíram da Capital na última sexta-feira, às 21h, da Rua Dom Joaquim, 275, rumo a "meca nordestina".
De acordo com a dona-de-casa Raimunda Gomes Braga, de 85 anos, organizadora da tradicional Romaria Dom Joaquim, este ano a caminhada chega aos 53 anos. Ela diz que a sua idade não é empecilho para quem tem fé. A coordenadora lembra que o grupo de peregrinos começa a planejar e preparar a romaria com quatro meses de antecedência. "É sacrifício mesmo. A gente se cansa, mas a fé é maior", resume dona Raimundinha, como é carinhosamente chamada pelos demais participantes.
Ao longo do percurso os peregrinos passaram por cinco cidades: Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Caridade e Canindé, e por nove distritos ou localidades: Tabatinga, Urucará, Gereraú, Ladeira Grande, Columinjuba, Amanaria, Itapebussu, Lagoa do Juvenal e também Campos Belos.
A romaria leva esse nome porque sai da Rua Dom Joaquim há 53 anos. Dona Raimunda diz ter a mesma energia de anos anteriores para a longa caminhada, apesar das restrições e cuidados impostos por sua família.
"Quem começou tudo isso, foi meu marido, mas ele faleceu. Desde então, tomei a frente de tudo e cada ano aumenta a quantidade de pessoas que fazem a caminhada. Para participar, não fazemos nenhuma exigência, vai quem quer. Organizo tudo de coração", conta.
Um dos ensinamentos de quem já conhece bem o chão que separa Canindé de Fortaleza é sobre o desconforto. "Quem não souber o que é desconforto, que olhe no dicionário", diz dona Raimunda. Segundo ela, apesar do cansaço, das dificuldades, da privação e das feridas nos pés, são poucas as pessoas que desistem. "O cardápio é sempre arroz com feijão ou feijão com arroz", brinca.
Para o professor de matemática, Francisco Arruda Bastos, a viagem é uma reflexão de vida e não só um ato de fé. "Não se trata de uma religiosidade intensa, mas valorizar o lado espiritual. É uma experiência muito rica e são muitos os aprendizados nos quatro dias de viagem".
Em Canindé, os devotos da Dom Joaquim foram recepcionados pelo assessor de Romarias da Paróquia, Germano Silva, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo da cidade, Plínio Gomes, e abençoados pelo pároco e reitor do Santuário, frei João Amilton dos Santos. A Prefeitura, na pessoa de seu titular, Cláudio Pessoa, colocou todos os prédios públicos para abrigar os romeiros que chegam de forma organizada na cidade. "Vamos ajudar a paróquia sempre dentro de nossas possibilidades", disse.
A Romaria de Canindé entra hoje no seu sexto dia. O tema da novena de hoje é: "São Francisco, espelho da solidariedade para com os animais".
O pregador da noite será dom José Luis, bispo auxiliar de Fortaleza. Alagoas será o Estado homenageado. Ontem, a Igreja prestou homenagem aos comunicadores em uma missa campal na Praça da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Todas as noites acontecem as procissões com painel de São Francisco. Em seguida, a novena na Praça dos Romeiros.
Antônio Carlos Alves
Colaborador
Enquete:
Por que o Sr.(a) participa da peregrinação?
"Em Canindé, fico em paz com Deus e o mundo. São Francisco é o pai de todos. Nossa romaria é feita em homenagem ao santo"
Raimunda Gomes Braga
Coordenadora da romaria
"Há 53 anos viajo para Canindé nessa romaria. É um momento de conversão com Deus e São Francisco. Canindé é a nossa casa"
Edmar Amorim
Comerciante e romeiro
"É a primeira vez que participo. É um momento de muita fé e reflexão. A partir de agora não perco mais nenhuma viagem"
Danilo Nobre Pinheiro
Estudante
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=866829
ROMARIAS A PÉ COMEÇAM A CHEGAR EM CANINDÉ!
Na noite deste sábado 26/09 várias romarias de Fortaleza chagaram à cidade de Canindé para prestigiar a Festa de São Francisco. A pé, eles nem sentiram cansaço na caminhada, "essa força vem da fé em São Francisco", afirma um do peregrinos da Romaria Dom Joaquim que vem do bairro Aldeota em Fortaleza. Por falar na Romaria Dom Joaquim ela é uma das mais tradicionais, fundada a 52 anos pela D. Raimundinha e pelo seu saudoso marido. Além da Dom Joaquim as Romarias São Francisco, dos comerciantes do Centro de Fortaleza, Pedro Brandão e Roamria de Fátima, chegaram na noite de sábado. Hoje pela manhã 27/09 chegaram outras romarias a pé e duas Moto - Romarias.
FONTE: Blog jornal Opovo
ROMARIA DOM JOAQUIM FINALIZA PREPARATIVOS.
10/9/2004
A 46ª Romaria Dom Joaquim, que reúne devotos de São Francisco de Canindé, já está nos preparativos finais. Um dos romeiros da caminhada, André de Lima, diz que o evento é aberto a todos os interessados. Porém, para participar, é necessário a presença em pelo menos uma das reuniões de organização. A próxima e última reunião preparativa acontecerá no dia 26 de setembro, às 9 horas, na Rua Dom Joaquim, 275, em Fortaleza.
Ao longo do percurso, os caminhantes passam por cinco cidades — Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Caridade e Canindé — e por nove distritos ou localidades — Tabatinga, Urucará, Gereraú, Ladeira Grande, Columinjuba, Amanari, Itabebussu, Lagoa do Juvenal e Campos Belos. D. Raimunda explica que há paradas para alimentação e banho, ao longo do dia, e repouso à noite. Já foram feitas reservas com todas as pousadas que servirão de abrigo ao evento.
A necessidade de participar de alguma reunião preparativa justifica-se, segundo o organizador, porque é nesses encontros que o participante fica sabendo de todos os procedimentos para que a caminhada seja tranqüila. São dadas orientações sobre calçados e roupas mais adequados ao tipo de evento, quantidade de bagagem, alimentação, enfim, todos os requisitos essenciais para reduzir os possíveis imprevistos.
O grupo de peregrinos tem ainda esquema especial de segurança motorizada, oferecido pela Polícia Militar, em determinados trechos do percurso.
Neste ano, em decorrência das eleições de três de outubro, a tradicional romaria de São Francisco de Canindé acontecerá de 4 a 14 do próximo mês. No dia 17 de setembro será realizada a Festa das Chagas de São Francisco e a inauguração do Complexo São Damião, em Canindé. Os eventos reúnem número expressivo de devotos franciscanos, vindos de diferentes partes do País.
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=189203
PEREGRINOS INICIAM ROMARIA PARA CANINDÉ
Com a resistência física sendo alimentada pela fé em São Francisco, cerca de 150 romeiros saíram, na noite desta quarta-feira (24), da Rua Dom Joaquim, na Praia de Iracema, rumo à Praça da Igreja Matriz de Canindé. A romaria deverá percorrer os 130km com objetivo de concluir a caminhada na manhã de domingo, durante os festejos de São Francisco das Chagas.
De acordo com a dona-de-casa Raimunda Gomes Braga, 83 anos, organizadora da tradicional Romaria Dom Joaquim (este ano a caminhada chega a sua 51ª edição), a idade elevada não é empecilho para quem tem fé. A organizadora lembra que o grupo de peregrinos começa a planejar e preparar a romaria com quatro meses de antecedência.
Segundo dona Raimundinha, como é conhecida pelos participantes da peregrinação, os fiéis devem ver o amanhecer de quinta em Maranguape. Antes de chegarem à Igreja Matriz de Canindé, os andarilhos também devem parar nas localidades de Ladeira Grande, Amanari, Lagoa do Juvenal, Campos Belos, Santa Fé e Caridade.
Os peregrinos foram escoltados, até a saída de Maranguape, por viaturas da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC) e por equipes Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (RAIO) da Polícia Militar. A partir da BR-020, passam a ser acompanhados por agentes da Polícia Rodoviária Federal.
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=234387&modulo=966
FONTE: Blog jornal Opovo
ROMARIA DOM JOAQUIM FINALIZA PREPARATIVOS.
10/9/2004
A 46ª Romaria Dom Joaquim, que reúne devotos de São Francisco de Canindé, já está nos preparativos finais. Um dos romeiros da caminhada, André de Lima, diz que o evento é aberto a todos os interessados. Porém, para participar, é necessário a presença em pelo menos uma das reuniões de organização. A próxima e última reunião preparativa acontecerá no dia 26 de setembro, às 9 horas, na Rua Dom Joaquim, 275, em Fortaleza.
A romaria é realizada há 46 anos e, em cada edição, cresce o número de peregrinos. Em 2003, foram 236 participantes. Neste ano, D. Raimunda, coordenadora da caminhada, acredita que devam aderir de 250 a 280 caminhantes. Já existem 40 pessoas que estarão pela primeira vez.
A saída para Canindé está marcada para o dia 8 de outubro, às 22 horas, da Rua Dom Joaquim, 275 — daí o nome da romaria. A previsão de chegada ao município franciscano é dia 12 de outubro, às 6 horas. Após um reforçado café, os devotos deverão estar às 8 horas na Basílica de Canindé.
É sacrifício mesmo. A gente se cansa, mas a fé é maior”, resume D.Raimunda, para mostrar que, ao decidir participar da romaria, o peregrino deve estar consciente de que não será um evento de passeio, mas de sacrifício e devoção a São Francisco.Ao longo do percurso, os caminhantes passam por cinco cidades — Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Caridade e Canindé — e por nove distritos ou localidades — Tabatinga, Urucará, Gereraú, Ladeira Grande, Columinjuba, Amanari, Itabebussu, Lagoa do Juvenal e Campos Belos. D. Raimunda explica que há paradas para alimentação e banho, ao longo do dia, e repouso à noite. Já foram feitas reservas com todas as pousadas que servirão de abrigo ao evento.
A necessidade de participar de alguma reunião preparativa justifica-se, segundo o organizador, porque é nesses encontros que o participante fica sabendo de todos os procedimentos para que a caminhada seja tranqüila. São dadas orientações sobre calçados e roupas mais adequados ao tipo de evento, quantidade de bagagem, alimentação, enfim, todos os requisitos essenciais para reduzir os possíveis imprevistos.
O grupo de peregrinos tem ainda esquema especial de segurança motorizada, oferecido pela Polícia Militar, em determinados trechos do percurso.
Neste ano, em decorrência das eleições de três de outubro, a tradicional romaria de São Francisco de Canindé acontecerá de 4 a 14 do próximo mês. No dia 17 de setembro será realizada a Festa das Chagas de São Francisco e a inauguração do Complexo São Damião, em Canindé. Os eventos reúnem número expressivo de devotos franciscanos, vindos de diferentes partes do País.
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=189203
PEREGRINOS INICIAM ROMARIA PARA CANINDÉ
Com a resistência física sendo alimentada pela fé em São Francisco, cerca de 150 romeiros saíram, na noite desta quarta-feira (24), da Rua Dom Joaquim, na Praia de Iracema, rumo à Praça da Igreja Matriz de Canindé. A romaria deverá percorrer os 130km com objetivo de concluir a caminhada na manhã de domingo, durante os festejos de São Francisco das Chagas.
De acordo com a dona-de-casa Raimunda Gomes Braga, 83 anos, organizadora da tradicional Romaria Dom Joaquim (este ano a caminhada chega a sua 51ª edição), a idade elevada não é empecilho para quem tem fé. A organizadora lembra que o grupo de peregrinos começa a planejar e preparar a romaria com quatro meses de antecedência.
Segundo dona Raimundinha, como é conhecida pelos participantes da peregrinação, os fiéis devem ver o amanhecer de quinta em Maranguape. Antes de chegarem à Igreja Matriz de Canindé, os andarilhos também devem parar nas localidades de Ladeira Grande, Amanari, Lagoa do Juvenal, Campos Belos, Santa Fé e Caridade.
Os peregrinos foram escoltados, até a saída de Maranguape, por viaturas da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC) e por equipes Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (RAIO) da Polícia Militar. A partir da BR-020, passam a ser acompanhados por agentes da Polícia Rodoviária Federal.
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=234387&modulo=966